SER PAIA EXTRAORDINÁRIA DESCOBERTA DO SIGNIFICADO DE

Dois Anos de uma vez

Dois anos de uma vez só. uma reflexão. A Luisinha cresceu. Muito. Têm sido maravilhosos, todos estes dias de descoberta permanente. Entre todos estes meses, 24, a Luisa não só anda como corre. Não só fala, como conversa. Em tanta coisa que mudou, tanta outra se manteve igual. Perdeu em parte o ar “abébezado" com que nos brindava, as brincadeiras são mais propositadas, com um fim. Tudo faz mais sentido, para ela. Tirar os sapatos, para descansar os pés. Comer batatas fritas porque “é fixe”. Tudo tem que ter uma explicação. Até a escolha com quem fala ao telefone. Ou de quem gosta muito, pouco ou “mais ou menos”.
Mas a forma meiga com que conversa com o olhar, ainda me atinge como no primeiro dia em que fixou os seus pequenos olhos nos meus. Celebrar o seu 2º aniversário foi muito importante para nós, mais importante ainda celebrar o facto de podermos, eu e a mãe, vivenciar tudo isto com ela. Sem reservas. E poder mostrar-lhe que com ela e connosco esta uma família e amigos ansiosos por vê-la crescer. Essa pressa, não a tenho eu. Hoje, não sinto apenas falta de a ver ou sentir, sinto falta de toda a companhia que me faz, entre birras, amuos, choros e gritos, de quem ainda está a aprender o que verdadeiramente quer. Depois de umas férias fantásticas, onde em família desfrutamos os três (eu, a Luisa e a Mãe) de momentos incríveis, dou por mim completamente ligado ao Universo que nos liga, com ausências durante o horário de trabalho, quase que como a fazer uma pausa espiritual involuntária para pensar, lembrar, sorrir… para ela. Dias difíceis, que tantos outros passam. Desculpem, mas, nada disso muda o meu cenário. Com a idade vieram os medos. Alguns porém. As piscinas, as escadas, os parques de diversões mais arrojados, as quedas e os carrosséis, os carros elétricos e afins. Tudo faz parte do nosso Universo. É duro aceita-los. Mas forte a vontade de a ver feliz, com saúde e rodeada de pessoas que querem para ela o melhor que a vida pode reservar. E a vontade de querer descobrir, com juízo, todo esse mundo que existe lá fora, no planeta dos crescidos. O relógio não para e esta quase na hora de voltar para casa. Dou por mim a pensar que nem quando tinha 10 anos corria tanto para ver os desenhos animados. Ou 20 para ver um jogo do meu apaixonado FCPorto. Todos os dias são diferentes, todos os dias são iguais. A mesma vontade e o mesmo carinho de saber se quando eu chegar a casa, estará de sorriso à minha espera, ou… a dormir!


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